A digitalização das obras musicais alterou as dimensões das capas de discos, mas não a sua importância. Artistas, gravadoras e o público seguem interessados neste mural de arte que busca, além de vender, conectar as ideias dos artistas num cartão de visitas para a sua música. Seja pela pequenina visualização das plataformas de streaming, seja
Categoria: capas de discos
Álbuns brancos em tempos de ditadura
Obras consultadas
ARAÚJO, Bento. Arte Delírio e Transgressão: as capas de discos do Brasil pós-Tropicalista. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h7rfzlvS6JU BARAT, Aïcha Agoumi de Figueiredo. Capas de disco: modos de ler / Aïcha Agoumi de Figueiredo Barat; orientador: Júlio Cesar Valladão Diniz; co-orientador: Frederico Oliveira Coelho. – 2018. CCSP – CENTRO
Histórias de Minha Área
Gustavo Pereira Marques é o Djonga, rapper mineiro, artista de seu tempo, surgido pelo impulsionamento das plataformas digitais. Integrante da tradição questionadora do rap nacional, Djonga é um ostentador de criticidade social. Aborda temas diversos em suas canções, sem fugir de tabus como machismo, paternidade e masculinidade tóxica, quebrando o silêncio entre os homens.
Autêntica
A representação feminina estampou inúmeras capas da discografia popular brasileira, mas com Autêntica (2019) Margareth Menezes sintetizou sua própria história, resgatando a memória dos homens e mulheres de sua família, pescadores e marisqueiras, moradores da Península de Itapagipe, região esquecida da Salvador cartão postal. Soteropolitana, nascida e criada entre o Comércio e a Ribeira, bairros
Não Há Abismo Em Que o Brasil Caiba
Oito palavras para um título cheio de desabafos. Não Há Abismo Em Que o Brasil Caiba (2019) é um disco, como diz Mautner, nos versos iniciais da canção Marielle Franco (1979 – 2018), no qual “Uma força furiosa me impele a gritar / Com os nervos à flor da pele: é preciso exterminar a doença
Rito de Passá
MC Tha é Thais Dayane da Silva, cantora e compositora paulistana que faz funk para falar de umbanda. Seus predicados inovadores logo fizeram de Rito de Passá uma obra destacada pela discografia que até aqui tratou da devoção afro-brasileira em nossa música. Tradição e novas tradições vão se misturando em sonoridades e estética urbana. Thais,
Não Para Não
Oito anos separam a “Lampadada da Paulista” (2010), que veio a ser o ato homofóbico de maior repercussão no país, da capa de Não para não (2018), segundo álbum de carreira da cantora drag queen Pabllo Vittar. As agressões praticadas por uma gangue de quatro adolescentes e um jovem de dezenove anos foram capturadas por
7 vezes
Pela mão de Marcelo Falcão, afrontando o estereótipo, O Rappa subverte o imaginário periférico para multiplicar sua mensagem engajada em 7 Vezes (2008), sétimo álbum da banda carioca, cuja capa expressa nada mais que uma mímica numeral seguida de um sinal matemático que, somados, informam o título do disco. Aos jornais, os músicos declararam
Severino
Em meados dos anos 1990, num momento ainda analógico da indústria musical brasileira, Severino quebrou regras da logística do mercado cultural. A monocultura musical era um modelo que operava o nascimento, o auge e a derrocada de gêneros sonoros, escolhidos e explorados à máxima exposição midiática e mercadológica. Em 1990, o ritmo da vez era