O surgimento: capas como envelopes (1930)

A digitalização das obras musicais alterou as dimensões das capas de discos, mas não a sua importância. Artistas, gravadoras e o público seguem interessados neste mural de arte que busca, além de vender, conectar as ideias dos artistas num cartão de visitas para a sua música. Seja pela pequenina visualização das plataformas de streaming, seja

Álbuns brancos em tempos de ditadura

As capas brancas surgem em 1968 entre artistas da indústria da música norte-americana. Serviram para confrontar a mercantilização cultural ou para se alinhar a movimentos estéticos iniciados por artistas visuais, muitos deles responsáveis por capas de grupos como The Beatles, forte influência para artistas brasileiros naqueles tempos. Já os artistas brasileiros encontraram na expressão das

Obras consultadas

ARAÚJO, Bento. Arte Delírio e Transgressão: as capas de discos do Brasil pós-Tropicalista. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h7rfzlvS6JU BARAT, Aïcha Agoumi de Figueiredo. Capas de disco: modos de ler / Aïcha Agoumi de Figueiredo Barat; orientador: Júlio Cesar Valladão Diniz; co-orientador: Frederico Oliveira Coelho. – 2018. CCSP – CENTRO

Histórias de Minha Área

Gustavo Pereira Marques é o Djonga, rapper mineiro, artista de seu tempo, surgido pelo impulsionamento das plataformas digitais. Integrante da tradição questionadora do rap nacional, Djonga é um ostentador de criticidade social. Aborda temas diversos em suas canções, sem fugir de tabus como machismo, paternidade e masculinidade tóxica, quebrando o silêncio entre os homens.  

Autêntica

A representação feminina estampou inúmeras capas da discografia popular brasileira, mas com Autêntica (2019) Margareth Menezes sintetizou sua própria história, resgatando a memória dos homens e mulheres de sua família, pescadores e marisqueiras, moradores da Península de Itapagipe, região esquecida da Salvador cartão postal.  Soteropolitana, nascida e criada entre o Comércio e a Ribeira, bairros

Rito de Passá

MC Tha é Thais Dayane da Silva, cantora e compositora paulistana que faz funk para falar de umbanda. Seus predicados inovadores logo fizeram de Rito de Passá uma obra destacada pela discografia que até aqui tratou da devoção afro-brasileira em nossa música. Tradição e novas tradições vão se misturando em sonoridades e estética urbana. Thais,

7 vezes

Pela mão de Marcelo Falcão, afrontando o estereótipo, O Rappa subverte o imaginário periférico para multiplicar sua mensagem engajada em 7 Vezes (2008), sétimo álbum da banda carioca, cuja capa expressa nada mais que uma mímica numeral seguida de um sinal matemático que, somados, informam o título do disco.     Aos jornais, os músicos declararam

Severino

Em meados dos anos 1990, num momento ainda analógico da indústria musical brasileira, Severino quebrou regras da logística do mercado cultural. A monocultura musical era um modelo que operava o nascimento, o auge e a derrocada de gêneros sonoros, escolhidos e explorados à máxima exposição midiática e mercadológica. Em 1990, o ritmo da vez era