Pela mão de Marcelo Falcão, afrontando o estereótipo, O Rappa subverte o imaginário periférico para multiplicar sua mensagem engajada em 7 Vezes (2008), sétimo álbum da banda carioca, cuja capa expressa nada mais que uma mímica numeral seguida de um sinal matemático que, somados, informam o título do disco.
Aos jornais, os músicos declararam que “essa coisa do simbolismo está sempre presente na vida diária. Se você pegar o sete, por exemplo. São sete notas musicais e sete pecados capitais. O número sete está presente tanto para coisas boas quanto para as coisas ruins”.
Para a crítica especializada, 7 Vezes confirmou o discurso social de uma discografia de protesto e fez o grupo pôr “o dedo na ferida” novamente.
O fato é que o novo trabalho d’ O Rappa incomodou da capa ao repertório. Aquele 2008 foi marcado por eleições municipais no Brasil e a mensagem era perfeitamente questionadora a uma numerologia da sorte.