O surgimento: capas como envelopes (1930)

A digitalização das obras musicais alterou as dimensões das capas de discos, mas não a sua importância. Artistas, gravadoras e o público seguem interessados neste mural de arte que busca, além de vender, conectar as ideias dos artistas num cartão de visitas para a sua música. Seja pela pequenina visualização das plataformas de streaming, seja pelos vinis nos sebos para colecionadores, as dimensões digitais (10 x 10 polegadas) e físicas dos LPs (31cm x 31cm) continuam agregando valor à obra e atraindo a atenção dos aficionados pela arte da capa.

Surgidas no final da década de 1930, as capas de discos tinham em sua função inicial ofertar um apelo personalista para cada trabalho, para cada momento artístico. A transformação de embalagem padrão em tela artística aconteceu quando o papel pardo foi dispensado, dando lugar a uma nova plataforma criativa no campo das artes. Com a finalidade exclusiva de proteger o “bolação”, os primeiros invólucros sequer traziam títulos, logos de gravadoras ou nomes dos artistas. As informações de cada obra ainda permaneciam destacadas pelo que vinha escrito no miolo dos discos, créditos expostos por circunferência vazada das capas quando tinham a aparência “saco de pão”.

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