Nem malandro, nem mané. O partido de Bezerra da Silva era o homem do morro, fosse ele quem fosse, sem distinção. Em sua discografia, as capas são dedicadas a narrar os apuros do homem preto, pobre e “favelado”. Encarceramento, extermínio, abuso de autoridade, preconceito de cor, discriminação, injustiça social são temas para a composição particular
Imagens
Estação da Luz
Estação da Luz é como uma “bienal de arte”. Álbum concebido pelo multiartista Alceu Valença, o disco inovou ao trazer dez canções e, dedicadas a cada uma delas, dez telas de artistas plásticos pernambucanos, testemunhas do universo criativo do cantor. As telas dialogavam com as fervorosas inspirações de Valença: a cidade do Recife, a cidade
Escândalo
Lançado em 1981, Escândalo foi o terceiro álbum – como se costumava chamar – de estúdio da cantora, compositora e pianista carioca Angela Ro Ro. Quarenta anos depois, o conjunto de onze canções que mesclou, com surpresa e maestria, gêneros como rhythm and blues, rock e jazz ao brasileiríssimo samba-canção não produz o mesmo interesse
Tamba-tajá
Tamba-tajá é o álbum de estreia de Fafá de Belém, lançado em 1976, que marcou a indústria fonográfica com seu regionalismo amazônico. A obra surge logo após estrondoso sucesso de sua gravação para “Filho da Bahia”, faixa especial que integrou a trilha sonora da telenovela Gabriela, de 1975, exibida pela TV Globo. Integrada à
Elizete Sobe o Morro
A carioca Elizeth Cardoso foi conhecida como “A Divina”. Intérprete versátil, gostava de brincar com a voz e a inscrição de seu nome. Durante a carreira, assinou como Elizette, Elizeth e Elizete e, sendo muitas, jamais se afastou da Elisete Moreira Cardoso, seu nome de batismo. Nascida no subúrbio da Zona Norte do Rio de
Jóia
A primeira capa de Joia é a que ficou, mas em 1975, censurada, precisou ser substituída. A opção foi, novamente, uma proposta de escassez visual. Ficou na capa apenas um dos elementos da primeira proposta: as pombas,que antes apenas cobriam a proibida nudez dos Velosos. As pombas surgem solitárias na nova capa, sustentadas pela imensidão
Índia
A índia de Gal recebeu censura plástica em 1973. Literalmente plástica. Clicada por Antônio Guerreiro, a capa publicada pela cantora baiana é creditada pela pesquisadora Aicha Figueiredo como uma versão tupiniquim de Sticky fingers, álbum dos Rolling Stones. Se a imagem de um quadril masculino numa calça jeans apertada já trouxe polêmica para os rapazes